28 de setembro de 2010

E no meio da correria... Um carinho!


Ela tava se sentindo engasgada.
A rotina nas últimas três semanas tava pesada.
A vida tava de cabeça pra baixo, de uma forma deliciosa, mas tava.
Muita correria, horas dentro do ônibus, dormindo tarde, acordando cedo e nas costas sempre uma mochila pesada...  Carregando figurino, cenário, e mais um montão de badulaques. Quando pisava no palco esquecia tudo e era tomada pela magia do teatro, a platéia lotada aplaudindo, e um sorriso de satisfação e missão cumprida. Mas depois vinha a mesma correria, tira maquiagem, troca de roupa e entra no ônibus. De volta à realidade.
No meio dessa confusão de trabalho, estudo, projetos, e blá blá blá... Ela não parava!
No sábado, eles reservaram um tempinho pra ficarem juntos, encontraram antes da peça, deveria ter sido uma tarde gostosa. Só que ela resolver gritar o que tava engasgado!
Tadinho... levou a culpa sem ser o culpado.
Deitados na cama ela chorou.
“O que foi meu amor?”
“Nada. Eu só quero chorar. To cansada. Só isso.”
“Eu to aqui, ta bom?”
Ele não precisava dizer, ela sabia que ele estava ali, e por isso chorou, porque sabia que não estava sozinha. Ele a abraçou de uma forma que encaixava e a colocou em seu colo. E os dois ficaram ali, sem palavras, apenas um carinho, ouvindo um a respiração do outro.
A tarde foi de presença de amor.
Um amor que tem poesia misturada.

Ela escreve para ele:
“Obrigada pela sua forma de estar presente. Pelo seu abraço e pela compreensão. Pelo apoio de sempre. Pelo descanso. Pela paz. Todos os dias dessa vida, minha alegria e meu sossego.”


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